MALANDRO FIQUE DE BOA (Raquel/JR/Mannu UF)

A maldade tomou conta de lá
Mesmo assim não precisei acionar
Vários boatos que vieram de lá
Ficar firmão vendo o tempo acabar
Só esperar
Quando Jesus voltar
E sem mais
Sem mais vacilar
Não vou
Não vou chorar


O tempo passa
O homem cria maldição
Aumenta a ruindade
Multiplica ambição
Finado, irmão
Antecipa vários nomes
Mundão
A vida loca te absorve
Então
Ser otário ou não
Aumenta suas chances
Ou o preço do caixão
E As vezes vale a pena
Até pagar de lock, ou não
Qualquer treta
Apresentando a clock
Ladrão
Eu Quero ver minha mãe feliz
E não
Vê-la chorar
Me visitando lá no xis
E o crime esquenta
Minha blusa de lã
Na boca do vulcão
Com o pé no Vietnã
Lágrima escorre
Ferida no coração
Em frente a cruz
A Jesus pedi perdão
Mó mão
A idéia de criaca
Na cinta o canhão
O desejo de quem mata
Desgraça
O alimento para o cão
A chagas
Que domina a nova geração
Mó guela, vacilão
Na madruga ouve o berro
Deixou em outra mão
Morreu com o próprio ferro
Firmão
To de passagem, aqui pro que consta
No pião
Bato de frente, tem no pente pra troca
Se meu espírito é fraco
Meu corpo vou salvar
O que eu vou dizer
Quando Jesus voltar.

Ae malandro
Fique de boa
Descanse o calibre
Mesmo tando na bronca
A favela vive em guerra
Não é a toa
Os vermes desta Terra
somente deus perdoa (refrão)


O Sistema e a policia impõem medo
O Preconceito porém o respeito
Prevalece no gueto
Eu Sou ligeiro
Não não isqueiro
E cabe no meu peito
Os trutas dá pra conta nos dedo
Tipo o fim
Sem a parte do meio
Tipo um homem
No inferno sobrevivendo
Oh Jesus
Me de a sua mão divina
Tire toda maldade
Da minha humilde vida
No rabecão
Ponho a bala no tambor
Ae boi não reage
Pelo amor
Eu Não to afim
De te dar um apavoro
E Por causa do seu dinheiro
Ter ver morto
Mas o
Meu pivete ta pedindo almoço
Eu Sou mais um desempregado
Transformado em monstro
A sociedade tem
Seus olhos voltados para o ouro
Atualmente o amor esta morto

Ae malandro
Fique de boa
Descanse o calibre
Mesmo tando na bronca
Favela vive em guerra
Não é a toa
Pros vermes desta Terra
somente deus perdoa (refrão)


Muitas vezes eu já tentei sumir
Pergunto para mim mesmo que vida é essa aqui
Muitas lagrimas, de angústia choro e dor
Procuro a solução nas palavras do senhor
Vou tentar há
Me levantar há
Bola pra frente
Eu não posso desandar há
A morte de um marido eu vi uma mãe chorar
Uma triste cena
Chegou a me abalar
E ai malandro
Como
É que té agora
Lá no morro
Mais uma família chora
Vingança não
Só quer que chegue a sua hora
Pra Deus pessa seu perdão Agora
o Demônio te abraçou
Quem procurou não fui eu


Eu não vou chorar
Nem me deixar levar
Pelas tentações da vida
Feche ferida
Não quero mais
Maldição não me atinge
Perifa tinge a paz
De vermelho
E o sangue escorre
Na fita quem atormenta
Pra atentar os lock
Me diz se vale a pena
Pra ganhar ibope
Pare enquanto é tempo
Sujeito homem


Ae malandro
Fique de boa
Descanse o calibre
Mesmo tando na bronca
Favela vive em guerra
Não é a toa
Pros vermes desta Terra
somente deus perdoa (refrão)